Plano Safra 2025/2026: O que muda no crédito rural — e como o produtor pode se preparar

Publicado em 01/07/2025 • Agrofinder

O Plano Safra 2025/26 foi lançado com recorde nominal de recursos: R$ 594,4 bilhões para apoiar a agricultura familiar e empresarial. Mas, apesar dos números expressivos, os produtores rurais devem ficar atentos: os juros subiram, especialmente para médios e grandes, e as exigências técnicas ficaram mais rigorosas.

Neste artigo, analisamos os impactos econômicos, sociais, ambientais e setoriais do novo plano — e mostramos como a Agrofinder pode ajudar você a buscar crédito mais inteligente para sua realidade.

🌾 Agricultura Familiar (Pronaf): foco em segurança alimentar e inclusão produtiva
O governo destinou R$ 78,2 bilhões para o Pronaf, com juros subsidiados entre 0,5% e 8% ao ano.

Destaques:
– Crédito especial para alimentos da cesta básica com juros de até 2% (orgânicos e agroecológicos).
– Apoio a mulheres, jovens, comunidades quilombolas e indígenas.
– Potencial de reduzir o preço de alimentos como arroz, feijão, batata e tomate.

Para pequenos produtores, o Plano Safra representa oportunidade de ampliar produção com custo de capital muito competitivo.

🚜 Agricultura Empresarial: crédito mais caro e mais exigente
Com R$ 516,2 bilhões em recursos e um leve aumento de 1,5% sobre o ciclo anterior, o crédito para a agricultura empresarial ficou mais caro e seletivo.

Taxas de juros:
– Pronamp (médios produtores): 10% ao ano
– Demais produtores: até 14% ao ano

Exigências ampliadas:
– ZARC obrigatório (Zoneamento Agrícola de Risco Climático)
– Mais critérios ambientais (sustentabilidade, eficiência energética, reflorestamento)

Mesmo com aumento de recursos, a inflação e os custos agrícolas tornam o crédito mais limitado em termos reais.

🔍 Impactos por dimensão

Econômico
– Margens mais apertadas para quem depende de financiamento bancário
– Incentivo indireto ao uso de plataformas alternativas de crédito, como a Agrofinder

Social
– Geração de renda no campo e valorização da agricultura familiar
– Apoio a comunidades tradicionais e inclusão produtiva no Semiárido, Norte e Nordeste

Ambiental
– Foco em práticas sustentáveis e investimentos com menor impacto ambiental
– Incentivo a energia solar, bioinsumos e reflorestamento

Regional
– Sul: crédito emergencial pós-desastres climáticos (especialmente no RS)
– Centro-Oeste: preocupação com aumento de custos operacionais e gargalos logísticos

🗣️ O que disse Kellen Severo sobre o Plano Safra?
A jornalista agro Kellen Severo destacou em seus canais:

“O Plano Safra favoreceu a agricultura familiar com juros baixos, mas os produtores empresariais terão que fazer mais conta. Os custos de financiamento subiram muito.”

Ela também alertou para riscos como:
– Tributação de LCAs e fim da isenção do IOF
– Menor apetite de bancos privados para operar crédito rural

✅ Conclusão: planejamento e estratégia são fundamentais
O Plano Safra 25/26 tem o maior volume de recursos da história, mas também traz juros mais altos, novas exigências técnicas e menos margem para erro. Por isso, o produtor precisa ser ainda mais estratégico ao buscar crédito.

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